As ferrovias estão um pouco esquecidas pelos governantes do nosso país e ao longo de sua história percebesse o quanto houve uma perda considerável de sua extensão quando se compara ao século passado. Alguns trechos das linhas férreas no Brasil estão abandonados e a população que vive a beira a linha férrea e das estações necessitam desse transporte público para se locomover. A linha férrea cria barreiras limitando o direito de ir e vir das pessoas, transformando em um deserto as ruas paralelas, principalmente à noite, provocando problemas de segurança e sanitaríssimo público. A via férrea cria zona de fronteiras, já que ela pode dividir um bairro, podendo desvalorizar um lado da via férrea e deteriorar da paisagem urbana através do seu abandono, fazendo-se pensar na formação de uma cidade cujo a ferrovia a divide em duas partes, uma de um lado da linha e outra do outro lado da linha.
Vista da Estação de Campus Elísios - Foto de Luiz Augusto Barroso - fonte: http://www.panoramio.com/photo/6803406
Neste sentido, estou preparando uma minha dissertação que tem por objetivo analisar a formação da cidade de Duque de Caxias junto a ferrovia que perpassa por três distritos da cidade. Estudando o percurso da ferrovia com suas dez estações de trem e os seus bairros e o comportamento das pessoas que moram em torno da via férrea e como estas pessoas se adaptaram a sua travessia para que possam se locomover para estes dois lados da linha férrea utilizado as passarelas, passagens de nível e até mesmo atravessando a linha quando nem mesmo há muros para demonstrar as pessoas quais são os limites delas e do trem, sendo assim, o estudo surgiu com o intuito de pensar historiografia para compreender a ferrovia no espaço social e sua influência.
Aguardem que vem mais história sobre a ferrovia em Duque de Caxias e a formação urbana do município.
Artigo de 30/08/2016 para o Blog @TrensUrbanosRJ
Artigo de 30/08/2016 para o Blog @TrensUrbanosRJ
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